terça-feira, 31 de março de 2009

HAMLET




Escrita por William Shakespeare, a tragédia de Hamlet permanece como a peça mais celebrada em toda a história do teatro mundial. Desta vez, o texto é encenado por Wagner Moura.



A peça se passa no Castelo de Elsinor, na Dinamarca, onde o fantasma do Rei Hamlet aparece para seu filho, o príncipe Hamlet, e exige uma vingança. O espectro diz ter sido envenenado pelo próprio irmão, Claudio, enquanto dormia. Claudio acaba se casando com a Rainha Gertrudes, mãe de Hamlet, roubando de seu pai a um só tempo a vida, a coroa e a mulher. Paralelamente, Hamlet se apaixona pela jovem Ofelia, filha de Polonio, conselheiro de Claudio e Gertrudes, e irmã mais nova de seu amigo Laertes.



Ficha Técnica:

Texto: William Shakespeare
Tradução: Aderbal Freire-Filho com Barbara Harrington e Wagner Moura
Direção: Aderbal Freire-Filho
Elenco:
Wagner Moura, Tonico Pereira, Carla Ribas, Georgiana Góes, Caio Junqueira, Cláudio Mendes, Fábio Lago, Felipe Koury, Gillray Coutinho e Marcelo Flores
Cenário: Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque
Iluminação: Maneco Quinderé
Figurinos: Marcelo Pies
Trilha Sonora: Rodrigo Amarante
Produção Executiva: Nil Caniné
Direção de Produção: Sérgio Martins
Realização: Sérgio Martins & Wagner Moura



INFORMAÇÕES
Local: Oi Casa Grande
Preço(s): R$ 80,00 (balcão) e R$ 90,00 (plateia).
Data(s): Até 31 de maio de 2009.
Horário(s): Sexta e sábado, 20h30; domingo, 19h30

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ser MULHER


Temos muito do que nos orgulharmos,
muito a refletir e também muito a lamentar. Anos de lutas,
de conquistas, de sofrimento, anos de aprendizado...
Lutamos tanto por liberdade, por igualdade, por dignidade, para sermos respeitadas como ser humano e, no entanto, comportamo-nos tolamente. Apesar de tantas vitórias, muitas de nós ainda desconheçam
o verdadeiro significado de ser uma mulher.

Em pleno século XXI, continuamos a ser subjugada.
E não por um homem, mas por nós mesmas. Tanto desamor!
Por que nos torturamos assim? Tornamos nosso próprio algoz.
Infeliz da mulher que constrói castelo de cartas.
Baseia toda sua vida numa ilusão.


Ah, Mulher!
Como pode contentar-se em ser amante de um homem

quando devia ser a SENHORA?
Se contenta em ser escrava, um mero objeto...

Por que se utilizar dos dotes físicos para conseguir vantagens
quando já é dona de um fabuloso tesouro?
Por que se comportar de forma tão leviana?
Rastejar como um animal peçonhento
quando devia portar-se como uma deusa.
Confunde liberdade com promiscuidade.
Por que nos portar de forma tão indigna se somos tão especiais?
Como pode negar sua essência divina?
Insensatas sóis.
Semeias tempestade e colherás sofrimento.

Aparentamos ser tão frágeis e somos tão fortes!
Mais fortes que imaginamos. Uma verdadeira fortaleza.
Somos capazes de amar incondicionalmente.
De ir à lua, de até conquistar o mundo com sutileza e graciosidade.
Mas infelizmente, muitas de nós são incapazes
de respeitar a si próprias, de amar-se, de se aceitar.
Querem ser respeitadas, mas não se respeitam.
Querem ser amadas, mas não se amam.
Muitas, ao menos, têm noção da dimensão do que é ser uma mulher. Deixam acorrentar-se por uma ditadura insana. Absurda. Cruel.
Tornaram-se escravas da beleza. Estar sempre bela a qualquer custo, mesmo que o preço seja a própria vida. Passam por cima de si mesmas e para quê?

A beleza nunca foi tão exaltada. Cada vez mais, pessoas estão se atirando numa busca insensata e insana atrás da eterna juventude, da uma beleza irreal. Homens, mulheres e até crianças! A constante insatisfação com a aparência física é um forte sinal de baixa auto-estima.
Este parece ser o mal do século.

Não há nada de errado em querer ser bela, em cuidar da aparência.
O mal está no exagero. Num padrão de beleza tão rígido que poucas conseguem alcançar. Muitas procuram o caminho mais fácil.
Para que “perder” horas dentro de uma academia quando é possível conseguir um resultado imediato com uma plástica.
A cirurgia plástica tornou-se algo banal. Parecem esquecer que uma cirurgia é sempre uma cirurgia, contém riscos e pode levar à morte.

Mulheres morrem ou são mutiladas todas as semanas. Atiraram-se em dietas malucas, algumas chegam ao cúmulo de parar de comer.
Tudo para ter o “corpo perfeito”. Já somos naturalmente bela sem artifícios. Ao invés de nos preocuparmos tanto com nossa aparência exterior, devíamos alimentar o nosso mundo interior. Enriquecê-lo.
Somos mais do que um corpo. Somos mulheres.
Nossas avós foram mais sábias.
Devíamos aprender com elas a arte de ser mulher.

Somos belas em todas as idades. Devemos envelhecer com dignidade.
A beleza física é a primeira a nos abandonar.
O que realmente permanece é a beleza genuína, nossa essência. Podemos ter uma vida plena, saudável em qualquer idade, rica em experiências... quando envelhecemos com sabedoria.

Alguma vez já se perguntou “O que é ser uma mulher?”
“Qual é a real dimensão disso?”

Joana D’Arc, apesar da pouca idade, foi uma mulher de verdade.
Ela morreu pelo que acreditava. Foi eternizada por aquilo que era, por suas atitudes, por sua coragem e não por algum atributo físico. Poderia citar inúmeras mulheres ao longo da história. Grandes mulheres.
Então por que não seguirmos o exemplo de alguma delas?
Devemos honrá-las, assim como nos orgulhar de ser mulher.

Lembre-se podemos ser o que quisermos. A vida a tratará exatamente
com você se trata. Porte-se de forma medíocre e será assim tratada.
Valorize-se e será valorizada. Repito, não somos apenas um corpo.
Reflita um pouco e se pergunte:
Que tipo de mulher, eu sou? Estou sendo autêntica?
Honesta comigo, com meus ideais, com meus sentimentos?
Ou deixei-me corromper pelas pessoas, pelos acontecimentos,
pela sociedade. Orgulho-me de quem sou?
Sou uma mulher de verdade ou apenas um rascunho inacabado de mim?
Sou digna de ser chamada MULHER?

terça-feira, 24 de março de 2009

Mulheres de Atenas



Mulheres de Atenas é um clássico.


jetcarro 15 ago. 2007

quarta-feira, 18 de março de 2009

Você sabe o que é Adenomiose?

Segundo reportagem publica no jornal O Globo,
cresce o número de mulheres com
adenomiose e endometriose.

Duas doenças que a pouco tempo
eram consideradas raras.

A suspeita é que o estilo de vida da mulher
contemporânea esteja alterando o sistema
imunológico feminino.

Estima-se que 15% a 20% das mulheres do mundo
tenham endometriose e 10%, a adenomiose.


A adenomiose também é conhecida como adenomioma ou endometriose interna. Afinal de contas, o que é adenomiose?
É uma uma patologia uterina caracterizada pela presença de glândulas e estroma endometrial (o revestimento interno do útero) dentro do miométrio (a camada muscular grossa do útero), podendo levar ou não à hipertrofia das fibras musculares uterinas, com aumento do volume do órgão, nunca, porém, tão acentuado como nos casos dos miomas. Entretanto, pacientes com adenomiose freqüentemente também têm leiomioma ou endometriose.

A adenomiose pode ser focal, envolvendo apenas o útero, ou difusa. Neste último caso, o útero torna-se mais pesado e volumoso.
Clinicamente a presença de adenomiose uterina leva a um aumento do fluxo menstrual (menorragia) e das cólicas uterinas (dismenorréia), diminuindo assim a qualidade de vida das pacientes. O diagnóstico pré-operatório da adenomiose pode ser suspeitado pela ultra-sonografia vaginal e pela ressonância magnética.


O diagnóstico de adenomiose só pode ser confirmado após o exame de amostras da parede uterina feito por um patologista, e a causa é desconhecida. A doença atinge em geral mulheres acima de 30 anos que tenham tido filhos, sendo rara em mulheres que não tenham tido uma gestação a termo.


Sintomas:
• sangramento menstrual abundante ou prolongado (50% das pacientes)
• menstruação dolorosa
o nova manifestação de cólicas menstruais
o piora progressiva (20% das pacientes)

Obs.: Em alguns casos as pacientes podem não manifestar sintomas.

A causa da adenomiose é desconhecida, embora possa estar associada a algum trauma uterino que possa ter rompido a barreira entre o endométrio e o miométrio, o que pode ocorrer, por exemplo, em razão de gravidez, operação cesariana ou ligadura de trompas.


Tratamento:

As opções de tratamento incluem o uso de antiinflamatórios não-esteróides e a supressão hormonal, para alívio dos sintomas. A histerectomia é a única opção de cura permanente.
Uma histerectomia pode ser necessária nas pacientes com sintomas intensos, e que ainda não estão próximas da menopausa.


Marque uma consulta com seu médico
se estiver na faixa de 30 anos ou mais,
foi gestante e não tenha feito um check-up ginecológico
(incluindo o exame ginecológico) nos últimos 2 a 3 anos.

Fonte: http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001513sym.htm http://pt.wikipedia.org

Materia: http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2007/09/12/297691336.asp


sábado, 14 de março de 2009

CLEÓPATRA


A mais famosa rainha do Egito

Cleópatra foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica
que dominou o Egito após a Grécia ter invadido
aquele país.
Filha de Ptolomeu XII com sua irmã,
ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade,
após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir
o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII
(com quem casou), e depois,
com Ptolomeu XIV.

Cleópatra cresceu entre as intrigas e as violências palacianas.
A história a descreve com uma prostituta, uma mulher extremamente ambiciosa e sedutora. Uma mulher desprovida de sentimentos que utiliza sua sexualidade para alcançar objetivos maiores. Tornou-se inclusive amante de Julio Cesar e Marco Antonio.

Sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. Num plano audacioso e arriscado, ela enviou a si própria, embrulhada dentro de um tapete, como presente a Julio César. Após desenrolar-se do tapete, seu argumento foi tão ousado quanto seu plano, ao dizer que havia ficado encantada com as histórias amorosas de César e assim queria conhecê-lo.

A história de Cleópatra, entretanto, pode ser vista por um ângulo diferente. Mulher que teve que aprender e crescer, para ser muito forte. Para impressionar César com a riqueza do Egito, ela precisou inclusive de aulas, já que nada sabia acerca de assuntos ligados ao sexo. Como rainha, com uma corte real, começou a exercer influência na vida romana.

Sem sombra de dúvida, Cleópatra é, antes de tudo, uma personagem que tem despertado o interesse de um grande número de historiadores e o que sabe-se hoje, é que a imagem fornecida pela literatura antiga está impregnada de conceitos equivocados, nos forçando a encarar Cleópatra como uma mulher ambiciosa e sedutora. Na realidade, esta rainha nem tinha tantos encantos assim, mas se utilizava de um cérebro masculino, que aspirava pelo poder.

Graças a recentes publicações, nos foi possível conhecer um pouco mais da Rainha Cleópatra. É hoje, de nosso conhecimento, o seu paralelo papel de mãe, sempre preocupada com o futuro de seus filhos. Os alguns episódios da vida desta mulher nos permite contemplar uma rainha que refletia e calculava detidamente todas as suas decisões, tendo sempre em conta os interesses do seu reino e de seus filhos. A opção pelo suicídio é prova cabal destes fatos.

Cleópatra lutou até o fim para preservar a independência de seu reino e se equivocou ao pensar que poderia derrotar Roma. A sua enorme popularidade não só no Egito, revelam que efetivamente ela havia sido uma extraordinária mulher e uma rainha-regente muito competente. Sua memória foi honrada através dos séculos pelos egípcios, porque eles sempre entenderam as atitudes e comportamento desta mulher que antes de tudo, queria reinar um Estado livre, sem a presença romana.

Cleópatra morreu aos 39 anos, a última rainha do Egito.
Morre a grande mulher e nasce o mito.


Fonte:
http://www.suapesquisa.com
http://www.rosanevolpatto.trd.br/cleopatra1.htm

thanateros 13. dez. 2007

Bibliografia:
  • Cleópatra - Histórias, Sonhos e Distorções
    Hughes-hallett, Lucy / RECORD
  • Quando Éramos Deuses -
    A Vida de Cleópatra, a Mais Famosa Rainha do Egito

    Falconer, Colin / RECORD
  • terça-feira, 10 de março de 2009

    Mulher


    Você que busca no dia a dia sua

    independência, sua liberdade, sua

    identidade própria;

    Você que luta profissional e

    emocionalmente, para ser

    valorizada e compreendida;

    Você que a cada momento tenta ser a

    companheira, a amiga, a "rainha do lar";

    Você que batalha incansavelmente por seus

    próprios direitos e também por um mundo

    mais justo e por uma sociedade sem

    violências;

    Você que resiste aos sarcasmos daqueles

    que a chamam de, pejorativamente, de

    feminista liberal e que já ocupa um

    espaço na fábrica, na escola, na

    empresa e na política;

    Você, eu, nós que temos a capacidade de

    gerar outro ser, temos também o dever de

    gerar alternativas para que a nossa Ação

    criadora, realmente ajude outras

    mulheres a conquistarem

    a liberdade de Ser...

    (Ilsa da Luz Barbosa)

    domingo, 8 de março de 2009

    V I D A







    De uma terra distante

    de heróis e guerreiros

    Uma flor,

    linda e brilhante,

    desabrocha

    em toda sua plenitude.

    Disputada e cobiçada por muitos

    Desejava apenas ser amada

    Amada como mulher

    Amada

    Simplesmente amada

    Não apenas desejada

    Mas amada

    Intensamente amada

    Como uma mulher

    Com dúvidas e incertezas,

    com virtudes e defeitos,

    com sonhos e desejos


    O nome desta mulher

    sussurrado pelo vento

    declamado, tantas vezes, pelos poetas

    já não posso revelar.

    Mas o que é um nome

    diante a imensidão do que é ser uma mulher

    Chamarei-a de

    Alma, Bella

    Anjo

    Donna, Diana

    Eva, Esperança

    Elsa, Nobre, Ninfa

    Jade

    Jasmim, Yasmim

    Heda

    Helena, Joanna

    Luísa, Senhora

    Samira, Amiga

    Sereia


    Rosa Graciosa

    Tamara

    Verônica, Vitória

    Sara, Princesa, Soberana

    Stela, Estrela

    Sol


    Se fosse possível defini-la

    em uma Única palavra

    Essa palavra seria


    V I D A.

    sábado, 7 de março de 2009

    Homenagem a Mulher



    Uma homenagem singela
    a todas nós, mulheres.


    Uma linda canção...
    Uma bela mensagem...


    maoliv63
    7 mar. 2008

    Dia Internacional da Mulher













    No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

    A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
    Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

    Objetivo da Data
    Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

    Conquistas das Mulheres Brasileiras
    Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

    Marcos das Conquistas das Mulheres na História
    • 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
    • 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
    • 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
    • 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
    • 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
    • 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
    • 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.
    • 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
    • 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.
    • 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.
    • 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
    Fonte:Suapesquisa.com

    purrum3 30 set 2008





    sexta-feira, 6 de março de 2009

    A MULHER





    Branca, preta ou amarela
    A ariana zela.
    Tem caráter dominador.
    Mas pode ser convencida.
    E ai, então, fica uma flor:
    Cortada... e nada convencida.
    Porque o seu dominador
    é o Amor.

    O que é brilhar sem ser Ouro?
    - A mulher de touro!
    É a companheira perfeita
    Quando levanta ou quando deita.
    Mas é mulher exclusivista
    Se não tem tudo faz a pista.
    Depois que dona de casa...
    E a noite ainda manda brasa
    Sua virtude: a paciência
    Seu dia bom: a sexta-feira
    Sua cor propícia: o verde
    As flores de seus pendores:
    Rosa, flor de macieira.

    A mulher de gêmeos
    Não sabe o que quer
    Mas tirante isso
    É uma boa mulher.
    A mulher de gêmeos
    Não sabe o que diz
    Mas tirante isso
    o homem feliz.
    A mulher de gêmeos
    Não sabe o que faz
    Mas por isso mesmo
    É boa demais...

    Você nunca avance
    Em uma mulher de câncer.
    Seu planeta é a lua
    E a lua, é sabido,
    Só vive na sua.
    É muito apagada
    E quando pegada
    Pega da pesada.
    É a mulher que ama
    Com muito saber
    No tocante à cama
    não sei lhe dizer...

    A mulher de leão
    Brilha na escuridão.
    A mulher de leão,
    mesmo sem fome
    Pega, mata e come.
    A mulher de leão não tem perdão.
    As mulheres de leão
    Leoas são.
    Poeta, operário, capitão
    Cuidado com a mulher de leão!
    São ciumentas e antagônicas
    Solares e dominicais
    Ígneas, áureas e sardônicas
    E muito, muito liberais.

    Se Florence Nightingale era virgem
    Não sei... mas o mal é de origem.
    A mulher de virgem aceita a amante
    Isto é: desde que não a suplante.
    Sexo de consumo, pães-de-minuto
    Não disso lhe há de faltar
    O condomínio é absoluto
    A virgem é mulher do lar.
    Opala, safira, turquesa
    São suas pedras astrais
    Na cuca muita esperteza
    Na existência muita paz

    A mulher de libra
    Não tem muita fibra
    Mas vibra.
    Quer ver uma libriana contente?
    Dê-lhe um presente.
    Quando o marido a trai
    A mulher de libra
    balança mas não cai.
    Se você a paparica
    Ela fica.
    Com librium ou sem librium
    Salve, venusina
    Que guarda o equilíbrio
    Na corda mais fina.

    Mulher de escorpião
    Comigo não!
    É Abelha Mestra
    É a Viúva Negra
    Só vai vedete
    Nunca de extra.
    Cria o chamado conflito
    de personalidades.
    É mãe tirana
    Mulher tirana
    Irmã tirana
    Filha tirana
    Neta tirana
    tirana tirana.
    Agora, de cama
    diz que é boa paca.

    As mulheres sagitarianas
    São abnegadas e bacanas
    Mas não lhe venham com grossuras
    Nem injustiças ou censuras
    Porque ela custa mas se esquenta
    E pode ser muito violenta.
    Ai, o homem que se cuide...
    - Também, quem gosta de censura!

    A capricorniana é capricornial
    Como a cabra de João cabral
    Eu amo a mulher capricórnio
    Porque ela nunca lhe põe os próprios.
    A caprina é tão ciumenta
    Que até o ciúme ela inventa
    Mulher fiel está aí, é cabra
    Só que como muito abracadabra.
    Suas flores: a papoula e o cânhamo
    De onde vem ópio e a maconha
    Ela é uma curtição medonha
    Por isso nos capricorniamos.

    Se o que se quer é a boa esposa
    A aquariana pousa.
    Se o que quer é uma outra coisa
    A aquariana ousa.
    Se o que quer é muito amor
    A aquariana
    é a mulher macho sim senhor.
    Porém não são possessivas
    Nem procuram dominar
    Ou são meigas e passivas
    Ou botam para quebrar.

    Mulher de Peixe... peixe é
    Em águas paradas não dá pé
    Porque desliza como enguia
    Sempre que entra numa fria
    Na superfície é sinhazinha
    E festiva como sardinha
    Mas quando fisga um namorado
    Ele está frito, escabechado.
    É uma mulher tão envolvente
    Que na questão do Paraíso
    Há quem suspeite seriamente
    Que ela era a mulher e a serpente.
    Seu Id: aparentar juízo
    Seu ego: a omissão, o orgulho
    Sua pedra astral: a ametista
    Seu bem: nunca ser bagulho
    Sua cor: o amarelo brilhante
    Seu fim: dar sempre na vista.

    (Vinícius Moraes)