sexta-feira, 22 de maio de 2009

Bulimia












A Bulimia é um Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (comer compulsivo), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.

Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.

O que se sente?
  • Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
  • Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
  • Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal.
  • Depressão.
  • Obsessão por exercícios físicos.
  • Comer em segredo ou escondido dos outros.
Complicações médicas
  • Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito).
  • Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares).
  • Cáries e lesão sobre o esmalte dentário. Desidratação.
  • Desequilíbrio eletrolítico.
  • Vômitos com sangue.
  • Dores musculares e câimbras.
tecacsp 1 jul. 2007

Causas
Assim como na anorexia, a bulimia é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.

Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia. A característica principal é o comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. O diagnóstico de bulimia requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. A bulimia acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.

Tratamento
O tratamento exige o acompanhamento de equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, nutricionistas. Medicamentos antidepressivos podem ser úteis, especialmente se ocorrerem distúrbios como depressão e ansiedade. O diagnóstico da doença nem sempre é fácil, porque os sintomas não são evidentes como os da anorexia. Infelizmente, não se conhecem métodos eficazes para prevenir patologias como a bulimia e a anorexia. Seria necessário um empenho da sociedade na mudança de certos valores estéticos ligados ao culto do corpo e à magreza.

Como se previne?
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentares.

Após a bulimia ter persistido por algum tempo, os pacientes podem afirmar que seus episódios compulsivos não mais se caracterizam por um sentimento agudo de perda de controle, mas sim por indicadores comportamentais de prejuízo do controle, tais como dificuldade a resistir em comer em excesso ou dificuldade para cessar um episódio compulsivo, uma vez que iniciado. A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulimíco não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais - uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar. Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta) É o transtorno alimentar caracterizado por episódios recorrentes de "orgias alimentares", no qual o paciente come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimento como se estivesse com muita fome. O paciente perde o controle sobre si mesmo e depois tenta vomitar e/ou evacuar o que comeu, através de artifícios como medicações, com a finalidade de não ganhar peso.

Em pacientes com bulimia, não é a magreza que chama a atenção. Às vezes, são mulheres de corpo escultural, que cuidam dele de forma obsessiva. Vivem em dieta. De repente, ingerem uma quantidade absurda de alimentos e depois vomitam para evitar o ganho de peso, tomam laxantes e diuréticos e fazem exercícios físicos até caírem extenuadas. A diferença básica entre anoréxicos e bulímicos é o estado de caquexia (extrema desnutrição) a que podem chegar pacientes com anorexia.

mirdeny 8 mai. 2007
  • Grupo de Apoio e Tratamento dos Transtornos Alimentares
Informações através do tel: 3865-8609 ou pelo e-mail: gatda@uol.com.br http://www.gatda.psc.br/

Fonte:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?139
http://drauziovarella.ig.com.br/arquivo/arquivo.asp?doe_id=64

Um comentário:

Nobre Viking disse...

Este é um problema sério no mundo.
Parabéns pela iniciativa

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