quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Novo método contraceptivo


Sem cirurgias

Novo método contraceptivo ajuda a evitar a gravidez indesejada, sendo irreversível e feito sem nenhum procedimento cirúrgico.
Por Maraísa Bueno

Que hoje há diversas maneiras que evitam aquela gravidez indesejada, todos sabemos, principalmente as mulheres, que podem se submeter a cirurgias para ou não ter mais filhos. Essa decisão vai muito de cada uma, pois alguns métodos são reversíveis, porém há um novo tipo que, além de não precisar de nenhum procedimento cirúrgico, é irreversível, e seu procedimento dura apenas 35 minutos. Seu nome é Essure, ainda pouco conhecido no Brasil, mas que surge como opção por mulheres que buscam uma maneira mais simples de não engravidar.


O que é?

O Essure é um método que impossibilita definitivamente a gravidez, feito principalmente por mulheres que já têm filhos e que não querem mais engravidar. "Ele é um procedimento que esteriliza a mulher. É como a laqueadura, só que uma mini-mola, chamada Essure, é introduzida, com a ajuda de um aparelho chamado histeroscópio, por meio da vagina até o útero, chegando até as trompas de falópio. Três meses mais tarde, o organismo absorve a mola, o tecido cresce sobre ela, fechando a trompa com um material denso, formando uma barreira, o que impede a passagem de espermatozóide por este orifício", explica a ginecologista Denise Coimbra.

A principal diferença do Essure com os outros métodos contraceptivos é que para aplicar esse dispositivo não é necessário uma cirurgia. "Fazer esse implante leva aproximadamente 35 minutos. Por ser um método irreversível para uma gravidez natural, só é recomendado para casais estáveis, com família constituída e depois de ter absoluta certeza de que não se arrependerá. Segundo dados relatados a respeito desse método, ele é eficaz em 99,8% dos casos", completa a profissional.
O método é recomendável para as mulheres que preencham os requisitos para uma anticoncepção definitiva. "A eficácia será avaliada algum tempo depois do procedimento, quando a paciente terá um novo exame, aonde é observado se houve ou não êxito no procedimento", disse a ginecologista e diretora da clínica Curate, no Rio de Janeiro, Elisabete Dobao.

Alguns métodos contraceptivos que existem hoje:
  • Camisinha Feminina: lançada no Brasil em 1997, é menos popular que a masculina, mas evita a contaminação pelo vírus da AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
  • Anel Vaginal: indicado para mulheres que não querem tomar a pílula, o anel vaginal é introduzido na região vaginal e permanece por lá durante três semanas. É retirado somente no momento da menstruação e trocado após uma semana de intervalo. Mas esse método não previne nenhuma DST.
  • Diafragma: consiste em uma cúpula de silicone ou látex, com bordas mais firmes e flexíveis, que é colocado na vagina, cobrindo o colo do útero e impede a passagem de espermatozóides.
  • Diu: também chamado de Dispositivo intra-interino, o DIU é um pequeno objeto plástico que é colocado dentro da cavidade uterina. Ele impossibilita a passagem de espermatozóides. Esse procedimento não interfere no ato sexual e pode durar de 3 a 10 anos, mas não previne DSTs.
  • Laqueadura: é um procedimento cirúrgico que consiste em bloquear as trompas de falópio para que o espermatozóide não chegue até o óvulo.
  • Pílula: considerada como um dos melhores métodos, a pílula é produzida a partir de hormônios produzidos nos ovários: estrógenos e progesterona. Ela atua inibindo a ovulação e é tomada durante 21 dias, com intervalos de sete dias, período em que ocorre o ciclo menstrual.
  • Pílula do dia seguinte: usado por mulheres tiveram relações sem nenhum tipo de proteção ou a proteção foi rompida, a pílula do dia seguinte é tomada em dose única ou em duas doses (num intervalo de 12 horas). Ela é apenas usada em situações de emergência, pois se tomá-la continuamente, pode provocar reações que podem prejudicar o organismo.

Vantagens e desvantagens

O ginecologista somente indicará esse procedimento após uma série de exames que são precisos e também pelo perfil da paciente. "A principal vantagem é a realização de um procedimento de eficácia equivalente à ligadura de trompas sem ser preciso o completo aparato de uma intervenção cirúrgica, o que diminui os riscos e a volta para as atividades diárias é mais rápida", comenta Elisabete Dobao. Já a desvantagem são duas: a primeira é o alto custo desse procedimento, por ser uma novidade, além de não estar disponível na rede pública. "Por ser um método novo, ainda não muito usado no Brasil e pelo o que pagam dos implantes usados, acredito em um preço total mínimo de R$ 5 mil ou R$ 6 mil", disse Elisabete.
A segunda desvantagem acontece caso venha o arrependimento: "A mini-mola somente poderá ser retirada por meio de uma cirurgia. Mesmo assim, a mulher não poderá engravidar de forma natural. Ela tendo o útero, só poderá engravidar por técnica de reprodução assistida. Pode ser pela Fertilização In Vitro (FIV) ou o ICSI (um único espermatozóide é injetado diretamente no útero, promovendo a fecundação)", explica Denise Coimbra".

Quando fazer e contra-indicações

Para uma mulher, decidir por ter ou não ter mais filhos é algo que precisa ser muito pensado, para não acontecer de se arrepender depois, principalmente em um procedimento como esse.
"É claro que essa decisão não será feita por uma jovem mulher ou casal recém-casado, mas não existe uma idade mais indicada", comenta Denise Coimbra. Já Elisabete completa que, "pela legislação vigente, podem se candidatar à anticoncepção definitiva, mulheres acima de 25 anos e com pelo menos dois filhos".
As contra-indicações são somente para pacientes com múltiplos parceiros, pois, segundo a ginecologista Denise Coimbra, "o risco de infecção pode ser maior". Outros que também não são recomendados a fazer o Essure são os que possuem baixa defesa em imunodeprimidas (como AIDS), menores de idade e as mulheres que têm uma relação instável, "pois o risco de se arrepender depois é maior", finaliza Denise Coimbra.

FONTE: http://www.guiadasemana.com.br/Rio_de_Janeiro/Mulher/Noticia/Sem_cirurgias.aspx?ID=59974

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