terça-feira, 29 de maio de 2012

Camille Athanaïse Cécile Cerveaux Prosper




"Há sempre algo de ausente que me atormenta."

"Tatear as formas, conceber amor com doçura e só encontrar espinhos, rosa murcha, e desejo pálido. Tatear o barro, o mármore do mundo e abraçar vazio o oco do destino, aflição, vapor. Ir à foz com sede e deparar com a lama revolvendo úmida a fonte, a água clara, 
sujando a joia rara".

  "Tua força interior e tuas convicções não tem idade. Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida. Atrás de cada trunfo, há outro desafio. enquanto estiveres vivo. Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo. Não vivas de fotografias amareladas. "
— Camilie Claudel



Camille Claudel, escultura francesa,
tinha uma forte personalidade. Comandava os irmãos desde pequena. Segundo Paul, seu irmão, ela declarou desde cedo seu desejo de ser escultora. Camille tinha certas premonições e previu que o irmão se tornaria escritor e a irmã Louise seria musicista.
Seu pai, maravilhado com seu estupendo e precoce talento que, ainda na infância, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades, a colocando em escolas e cursos de primeira linha.
 O sonho de Camille é ser uma escultora de sucesso e vê essa vontade ameaçada pela mãe, que acha que ocorrem muitos gastos com a educação da menina.
Em 1881, já com 17 anos, sai de casa para ir em busca de seu grande sonho. Parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, uma escola que forma artistas escultores. Ela teve por mestres Alfred Boucher e  Auguste Rodin.   É dessa época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène — coleção particular) ou Paul aos treze anos (Paul à treize ans  - Châteaurox). 
 Rodin, impressionado pela solidez e tamanha beleza de seu trabalho, admite-a como aprendiz de seu ateliê.  É nesse momento que ela colaborará na execução das Portas do Inferno (Les Portes de l'Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).
Tendo deixado sua família pelo amor a escultura, ela trabalha vários anos a serviço de seu mestre, por quem é secretamente apaixonada, e ela se  mantém à própria custa, já ela ganha salário como aprendiz. Por vezes, a obra de um e de outro são tão próximas que não se sabe qual obra de seu professor ou da aluna. As vezes se confunde em quem inspirou um ou copiou o outro, pois Camille faz tão bem seu trabalho que parece que a anos ela trabalha com arte. Suas esculturas e as de Rodin são muito idênticas, fato que aproxima os dois.

zeldasil em 13/01/2012



O tempo passa e Camille e Rodin se envolvem, e têm um caso ardente de amor.  Camille Claudel, porém, enfrenta duas grandes dificuldades: De um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua namorada, e de outro lado, alguns afirmam que suas obras seriam executadas por seu próprio mestre, ou seja, acusam Camille de ter copiado todos os trabalhos de seu professor em vez dela mesma fazer. Muito triste e depressiva pelas acusações e por Rodin ainda ter outra mulher, Camille tentará se distanciar de Rodin e a fazer suas obras de arte sozinha. Percebe-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-94), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa (La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã  (La Petite Châtelaine, Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura  (L’Age Mûr – Museu d'Orsay).
Ferida e desorientada, ainda mais por descobrir que seu romance com Rodin não passou de uma aventura para ele e que ele prefeiu a namorada, Camille Claudel passa a nutrir por Rodin um estranho amor-ódio que a levará à paranóia e a loucura.   Apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau,  Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot, seus amigos, ela não consegue superar a dor da saudade. Eugène Blot organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel, pois ele quer ajudar a amiga em dificuldade. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios. Ela passa a ficar estranha e obscessiva, querendo a morte de Rodin. Ela passa a se lembrar de seu passado, a mãe a impedindo de ser uma artista e lembranças ruins da infância passam a sufocá-la cada vez mais.
Depois de 1905,  os períodos paranóicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Entre seus sonhos doentes, ela acredita que Rodin roubará suas obras de arte para moldá-las e expô-las como suas, ou seja, ela acha que Rodin roubará as esculturas e falará que foi ele quem fez. Ela passa a falar sozinha e a chorar muito, e passa a ter ideias de suicídio. Ela se isola e como mora sozinha no hotel, ninguém sabe de sua condição, pois ela rompe a amizade com os amigos e passa a querer ficar e viver sozinha em seu quarto. Ela se mantém vendendo as poucas obras que ainda lhe restam.
Seu pai, seu porto-seguro, a única pessoa que a mais entendeu na sua vida, morre. O que agrava ainda mais sua depressão e a faz sair da realidade mais ainda. Ela entra em uma crise violenta e é internada no manicômio de Ville-Evrard.

sonysloba em 05/06/2010


A eclosão da Primeira Guerra Mudial a levou a ser transferida para Villeneuve- lès- Avignon onde morre, 78 anos, após trinta anos de internação e desespero.




A força e a grandiosidade de seu talento estavam na verdade em um lugar muito incômodo: entre a figura legendária de Rodin e a de seu irmão que se tornou um dos maiores expoentes da literatura de sua geração. E não é difícil ler que as questões de gênero permeiam esse lugar menor dedicado a Camille.
Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante, o homem de sua vida que não a quis. Uma relação da qual não conseguiu desvencilhar-se, consumindo sua vitalidade na vã tentativa de desembaraçar-se desse destino perverso. Camille Claudel, sua forte personalidade, sua intransigência, seu gênio criativo que ultrapassou a compreensão de sua época, como afirma o personagem de Eugène Blot no filme, permanecerá ainda e sempre um Sumo Mistério. Ela tinha uma inteligência e um talento fora do comum e poucas pessoas da época entendiam seu grande dom para ser uma verdadeirta artista.

Paul sentiu enorme remorso por ter permitido que ela fosse internada em um hospício durante três décadas. Ele pensou ser o melhor para a irmã, que de repente desenvolveu esquizofrenia,  por conta de um abandono amoroso.
No fim da vida, tornou-se um dos principais divulgadores da obra de Camille, uma forma de pedir perdão, já que a irmã ficou amarrada por trinta anos, sem poder ver a luz do sol, até a sua penosa morte.

 O filme "Camille Claudel  (França, 1988 - California Filmes) relata a vida da escultora. Conta com a direção de Bruno Nuytten e a participação de Isabelle Adjani como Camille e Gérard Depardieu como Rodin.

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http://www.trilhasdaimensidao.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=821677


terça-feira, 22 de maio de 2012

Aceitar é começar a ser feliz

por Carlos Hilsdorf 
Há momentos na vida, onde tudo parece estar perfeito, maravilhoso, melhor que o sonhado. Muitos desses momentos têm continuidade e nos permitem experimentar esta sensação de alegria profunda e realização, outros não. Alguns desses momentos são subitamente interrompidos por causas inesperadas, fatos inusitados e circunstâncias inimagináveis. Uma amiga acaba de perder o bebê aos dois meses de gestação. Somente as mães compreendem em profundidade a dor oriunda de uma situação como essa. Nós exercitamos a empatia e imaginamos o que significa, mas por mais que nos sensibilizemos não podemos experimentar a mesma dor. É conhecida a frase: a dor é inevitável, o sofrimento opcional. Nessas circunstâncias não é bem assim; para uma mãe ou futura mamãe que perde um filho em gestação, o sofrimento não é opcional, é uma realidade inevitável. Nessas circunstâncias, a frase deve ser adaptada para: "a dor é inevitável, a forma de enfrentar o sofrimento é opcional!".

  Há circunstâncias na vida onde não possuímos controle ou possibilidade de interferência ao ponto de mudar os resultados: resta-nos não como consolo, mas como atitude inteligente e digna o exercício da aceitação. Dentro das principais opções que temos para enfrentar o sofrimento estão: o desespero, a raiva, a indiferença, a mágoa, a ira, a revolta, a depressão, a alienação e a aceitação. A única que não agrava nossos problemas e possui efeitos benéficos é a aceitação.

O exercício da aceitação é tanto mais fácil e possível quanto maior for o nosso grau de consciência, maturidade e espiritualização. Aceitar é ser verdadeiramente humilde diante dos fatos inevitáveis e das circunstâncias imutáveis. A humildade nos faz reconhecer o limite das nossas possibilidades diante do universo ao nosso redor. Aceitação não é comodismo ou fuga, o ato da aceitação equivale a envolver com amor profundo os fatos que não podemos alterar e encará-los como circunstâncias a serem vivenciadas e vencidas para o fortalecimento do nosso ser. Diante dessas situações, seja forte.

O mundo é dos fortes, diria uma sábia amiga se estivesse ao meu lado agora que escrevo este artigo. A verdadeira força reside nas capacidades de aceitação e de recomeçar. Compreender as coisas, nem sempre diminui a dor e o sofrimento, mas nos permite optar por enfrentar a dor e o sofrimento com inteligência, dignidade e resignação. Chamamos de resiliência a capacidade psicológica de, submetidos a fortíssimas pressões, conseguirmos retornar ao equilíbrio e retomar nossas vidas, realizando um novo começo. Nessas circunstâncias onde a humildade e a aceitação são nossas maiores virtudes, vale lembrar três reflexões:

1) A prece da serenidade:
 "Senhor dá-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar,coragem para mudar as coisas que eu possa e sabedoria para que eu saiba a diferença."

2) Uma reflexão que faço em meu livro Atitudes Vencedoras:
"A fé é a certeza que fica quando todas as outras deixam de existir!"

 3) Um conselho repetido muitas vezes por Omar Cardoso
 (pesquisador de astrologia e importante radialista brasileiro da década de setenta):
 "Todos os dias sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhor!"

Estas três reflexões juntas nos permitem compreender que humildade e aceitação constituem o princípio da serenidade; que nossa fé deve ser superior a nossas dores e sofrimentos, mesmo quando não podemos compreender porque determinadas coisas aconteceram, justamente quando tudo parecia perfeito, e; que a certeza de um amanhã, de um renascer onde poderemos estar melhores a cada instante, deve nortear nosso recomeço. Seja qual for a dor que te aflige, opte por enfrentar o sofrimento pela via da aceitação: a dignidade desse caminho lhe fornecerá as forças para renascer e recomeçar e assim como a mitológica ave Fênix, você renascerá das próprias cinzas (do sofrimento que vem lhe consumindo).

Viver é renascer e recomeçar a cada dia, como repetia com profundo amor Francisco Cândido Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Por mais difícil que seja este momento, ele não é o fim. Acredite, pode até parecer, mas não é o fim. Pratique a humildade, aceite a realidade e recomece, recomece sempre... Quanto mais cedo você exercitar a aceitação, mais cedo começará a ser feliz...
 Seja forte!

 http://www2.uol.com.br/vyaestelar/atitudes_felicidade.htm

terça-feira, 15 de maio de 2012

O infarto do novo século

Problemas emocionais e ambientais, associados à predisposição genética, são gatilhos para doenças cardíacas

Lívia Machado

Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos. Dor de amor também pode matar.



Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos. Dor de amor também pode matar.


Depressão e problemas emocionais, associados a uma predisposição genética, estão entre as causas de infartos em pacientes jovens, alerta Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista do Hospital Oswaldo Cruz, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo e especialista no tema.

O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além do fator numérico, os pacientes tinham características clínicas semelhantes: jovens, em sua maioria mulheres, saudáveis, mas com incidentes cardíacos severos.

“Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição de fluxo por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”


Ao confrontar os pacientes com pesquisas internacionais, o especialista constatou que essas artérias sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. A consequência e o processo são semelhantes ao que ocorre em um infarto tradicional, provocado pela conhecida lista de fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e cigarro. Neste caso, no entanto, o gatilho é emocional.

Como ocorre

A passagem de sangue é obstruída não pelas placas de gordura, mas por um estreitamento das paredes da artéria, responsável por interromper o fluxo. O mesmo evento é diagnosticado em casos de overdose de drogas como cocaína e crack, ou no uso de anabolizantes.

"Também é possível que as plaquetas do sangue fiquem como se fossem 'tresloucadas', interrompendo o fluxo subitamente, gerando os infartos. Descobrimos que esses pacientes têm alteração da formação das plaquetas”, explica o especialista.

Esse mesmo processo ocorre em pacientes com depressão. “A doença emocional, em tese, não é fator de risco pra doença cardíaca, mas pode ser, em determinadas circunstâncias, o fator principal”, endossa Sampaio.


Magra, saudável, ativa e aparentemente feliz. Os três adjetivos costumeiramente usados para definir a professora de física Iris Galetti também a mantinham fora do grupo de risco de mulheres com problemas cardíacos.

Em janeiro de 2008, durante uma reunião no colégio onde trabalhava, primeiro dia após as longas férias de verão, a professora sentiu um mal-estar pungente. Uma forte dor no peito e braços dormentes. A pressão, porém, ao ser medida na enfermaria do local de trabalho, estava normal.

Com náuseas e dores no peito, ao chegar ao hospital, Iris descobriu que tinha infartado. Foram oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais uma semana no quarto, até receber alta. Aos 49 anos, ela tinha perdido boa parte do coração – o ventrículo esquerdo ficou com o músculo praticamente morto.

“Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”

Fique atento: Açúcar, sal e cocaína formam "trio assassino" do coração

No entanto, há mais de quatro meses Iris tentava digerir, sozinha, uma mágoa muito profunda. Nas palavras da professora, que prefere reservar a história, a decepção foi difícil de suportar. Por meses, o problema emocional ocupou boa parte de sua vida pessoal.

“Depois do infarto eu me dei conta do que tinha ocorrido. Lembro que o médico que me atendeu quando fiz o segundo cateterismo disse que minha artéria tinha rasgado, como se uma lâmina a tivesse cortado, literalmente.”

O estresse da vida profissional e o excesso de responsabilidades, dentro e fora de casa, somados aos conflitos e decepções pessoais, transformaram-se em um coquetel venenoso para um coração normal, sem problema algum.

O fator genético

A literatura médica mundial aponta que 15% dos infartos sem os fatores de risco tradicionais – cigarro, diabetes, obesidade e hipertensão – foram desencadeados por processos que começaram no âmbito psicológico. A matemática, porém, não é simplista e imediata. Para que o coração partido ultrapasse a metáfora é preciso que exista uma série de combinações genéticas e ambientais.

A analogia da chave e da fechadura é a maneira como Sampaio consegue traduzir os preceitos da medicina genética a seus pacientes. Nas palavras do médico, a predisposição dos genes nada mais é do que uma fechadura. “A porta está fechada. A chave é o estresse emocional, e a fechadura sua carga genética. Quando a chave certa encontra a porta certa, a doença aparece.”

O mapeamento genético, porém, não seria uma forma de prevenção. Embora o Projeto Genoma tenha mapeado todos os genes que existem no organismo humano, a medicina ainda não conseguiu antecipar quais combinações entre esses genes são responsáveis por desencadear as mais variadas doenças. A única forma de manter-se longe dos infartos, tradicionais ou atípicos, seria a manutenção da saúde, tanto mental quanto física, defende o médico.

“Hoje os alimentos não são mais saudáveis, passam por agrotóxicos para conservação. Não só comemos mal, como recebemos o alimento em pior estado. A falta de tempo é desculpa para tudo. A pressão do dia a dia faz com que o artifício de relaxamento e prazer seja uma comida calórica, gordurosa. O chocolate nos dá o prazer que não temos no trabalho, na família, na relação sexual. Esse comportamento social do mundo moderno gera pessoas mais expostas.”

Dica: Dietas que ajudam o coração

A experiência individual não serve apenas de alerta. Para contornar os problemas emocionais, Iris trocou a lousa pelos pincéis – ministra aulas de pintura em faiança para mais de 30 alunos, produz peças para venda e toca o próprio ateliê. O coração bate devagar, quase ao som do new age, música fundo de suas aulas, mas ela se define clinicamente como ótima: controla a alimentação, toma uma taça de vinho nos dias mais agradáveis, pratica atividade física regularmente - uma caminhada leve de 60 minutos - e aposta que ultrapassará a casa dos 100.

Na receita médica, as indicações permanecem universais, e cabe a cada um achar seu componente pessoal: alimentação balanceada, atividade física regular, lazer, tranquilidade e terapia – esvaziar a mente dos problemas e não permitir que eles consumam o organismo – podem ajudar a blindar o coração.

http://saude.ig.com.br/minhasaude/o+infarto+do+novo+seculo/n1237864680431.html

domingo, 13 de maio de 2012

Máscaras

Há mulheres que, por mais que as pesquisemos,

não têm interior, são puras máscaras.

É digno de pena o homem que se envolve com estes seres quase espectrais,

 inevitavelmente insatisfatórios,

 mas precisamente eles são capazes de despertar

da maneira mais intensa o desejo do homem:

ele procura a sua alma - e continua procurando para sempre.

(Friedrich Nietzsche)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mais de 43 mil mulheres foram mortas no País na última década, diz estudo

Estudo complementar do mapa da violência revela que taxa de homicídio cresceu 217,6% em 30 anos; marido ou ex é o agressor em 65% dos casos.

 

Em 30 anos, no período de 1980 e 2010, aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil - 43,5 mil só na última década. Os números, divulgados nesta segunda-feira, são alarmantes e foram revelados pelo estudo complementar do mapa da violência 2012. A taxa de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6%.
O mapa da violência de 2012, pesquisa coordenada pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfiz, mostrou ainda que um ano após a lei Maria da Penha ser implantada, em setembro de 2006, as taxas de homicídio apresentaram visível queda (de 4,6 para 3,9 mortes em cada 100 mil mulheres). Já a partir de 2008, a violência retoma os patamares anteriores, com 4,4. Segundo o estudo, isso revelaria que as atuais políticas ainda são insuficientes para mudar a situação das mulheres no Brasil.

 Em pouco menos da metade dos casos, o agressor é o parceiro (ou ex-parceiro) da mulher (42,5% do total de agressões). Se comparada a idade da vítima entre 20 e 49 anos, 65% das agressões tiveram autoria do namorado, marido ou do ex. Com a pesquisa ficou claro que, em quase 70% dos casos, a agressão acontece no ambiente famiiar, a própria residência da vítima.

Ranking da violência

Em todo o País, o Estado mais violento foi o Espírito Santo, com uma taxa de 9,4 homicídios em cada 100 mil mulheres. Com isso mais que duplica a média nacional e quase quadruplica a taxa do Piauí, Estado que apresenta o menor índice (2,6).
Já nas capitais, a taxa de homicídios chegou a 5,1. Os índices mais altos de assassinatos foram encontrados em Porto Velho, Rio Branco, Manaus e Boa Vista, todas da região Norte, com níveis acima de 10 mortes para cada 100 mil.
O estudo citou ainda que, com base nos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os 80 países do mundo, o Brasil ocupa o 7º lugar como uma das nações com de elevados níveis de feminicídio.
 
Meio e reincidência
Em mais da metade dos casos analisados (56%), a força corporal ou o espancamento são os meios mais utilizados pelos agressores nesse quadro de violência contra a mulher. Outros casos mais comuns são: ameaça (22,4%), uso de objeto perfurante/cortante (8,2%), objeto contundente - como pedaço de madeira ou ferro (4,8%) e enforcamento (3,8%).
O índice da reincidência também surpreendeu. Em 51,6% dos atendimentos foi registrada a reincidência, em aproximadamente 38 mil casos. Esse cenário é mais forte entre as vítimas entre 20 e 60 anos ou mais – índice chega a 62,5%.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2012-05-07/mais-de-43-mil-mulheres-foram-mortas-no-pais-na-ultima-decada-di.html

 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Documentário sobre a imagem da mulher



 Este vídeo é um alerta a todas as mulheres 
sobre o efeito da mídia.
Legenda em português.


27/04/2012 por poesiaemvermelho2